Setembro Amarelo: Menopausa e Saúde Mental – O Papel da Reposição Hormonal no Equilíbrio Emocional.

No mês do Setembro Amarelo, a conscientização sobre a saúde mental ganha ainda mais destaque. Um tema crucial e que afeta diretamente a saúde mental das mulheres é a menopausa. Essa fase de transição marca a diminuição significativa na produção de hormônios, como o estrogênio e a progesterona, o que pode impactar diretamente o bem-estar emocional.

Como a Menopausa Afeta a Saúde Mental?

Durante a menopausa, os níveis hormonais sofrem grandes flutuações. Essas mudanças podem contribuir para sintomas como ansiedade e depressão. Inclusive, as variações hormonais que ocorrem no climatério — período que antecede a menopausa — podem desencadear irritabilidade e instabilidade de humor.

Pesquisas mostram que, após a menopausa, o risco de desenvolver depressão pode triplicar. Esse risco é ainda maior para mulheres que entram na menopausa precocemente. O estrogênio desempenha um papel fundamental no cérebro, ajudando a regular a produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor. A queda nos níveis de estrogênio pode, portanto, contribuir para o aparecimento de quadros de depressão e ansiedade.

Reposição Hormonal Pode Ajudar?

A terapia de reposição hormonal (TRH), que pode incluir estrogênio, progesterona e até testosterona, é amplamente reconhecida pelos benefícios no alívio de sintomas físicos, como as ondas de calor. No entanto, muitos não sabem que a TRH também pode ajudar a melhorar os sintomas de depressão e ansiedade, promovendo uma sensação de maior bem-estar.

Embora seja uma opção eficaz e segura para muitas mulheres, a reposição hormonal pode não ser adequada para todas. Por isso, é fundamental que cada mulher passe por uma avaliação médica personalizada, onde os riscos e benefícios da terapia sejam cuidadosamente considerados.

Cuidando da Saúde Mental na Menopausa

É importante que as mulheres estejam atentas aos sinais de mudanças no humor durante o climatério e a menopausa. orientar as pacientes quando a essas oscilações é de suma importância. A terapia hormonal pode ser uma das soluções, mas há também outras abordagens, como terapias alternativas e apoio psicológico que podemos incentivar.

Se tiver dúvidas ou quiser compartilhar sua experiência com suas pacientes, deixe seu comentário abaixo. E não se esqueça de compartilhar este conteúdo com outros profissionais que possam se beneficiar desta informação, principalmente no mês de Setembro que tratamos sobre saúde mental.

Artigo escrito pelo Diretor Científico da SottoPelle Brasil, Dr. Francisco Tostes.

Referências Científicas:

  • Soares, C. N., & Frey, B. N. (2010). Challenges and opportunities to manage depression during the menopausal transition and beyond. Psychiatric Clinics of North America, 33(2), 295-308. doi:10.1016/j.psc.2010.01.009.
  • Schmidt, P. J., & Rubinow, D. R. (2009). Sex hormones and mood in the perimenopause. Annals of the New York Academy of Sciences, 1179(1), 70-85. doi:10.1111/j.1749-6632.2009.04981.x.
  • Cohen, L. S., et al. (2006). Risk for new onset of depression during the menopausal transition: The Harvard study of moods and cycles. Archives of General Psychiatry, 63(4), 385-390. doi:10.1001/archpsyc.63.4.385.
  • Freeman, E. W., et al. (2014). Longitudinal pattern of depressive symptoms around natural menopause. JAMA Psychiatry, 71(1), 36-43. doi:10.1001/jamapsychiatry.2013.2819.

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