Ensaio Clínico Randomizado com Pellets de Testosterona

Atualmente, muito se discute sobre a segurança e eficácia dos implantes hormonais. Parte dessa polêmica está relacionada à falta de preparo de alguns médicos para prescrever e acompanhar adequadamente os pacientes que utilizam essa modalidade de reposição hormonal.

Para lidar com esses desafios, é essencial que os profissionais estejam atualizados e munidos de argumentos sólidos para orientar seus pacientes e dialogar com outros especialistas. Com isso em mente, a SottoPelle mantém a Educação Médica como um de seus pilares fundamentais.

Nesta edição do SottoNews, destacamos o artigo científico “Randomized Clinical Trial of Testosterone Replacement Therapy in Hypogonadal Men”, de Ann J. Conway e colaboradores, que investiga a eficácia e segurança de três vias de reposição de testosterona: injetável, oral e implantes subcutâneos (pellets).

Metodologia do Estudo

O estudo foi um ensaio clínico randomizado com design cross-over, envolvendo 15 homens diagnosticados com hipogonadismo. Os participantes foram divididos aleatoriamente em grupos para experimentar, em diferentes momentos e com intervalos de “washout”, as três modalidades de reposição:

  1. Injeções intramusculares: Ésteres de testosterona (250 mg) a cada duas semanas.
  2. Via oral: Undecanoato de testosterona (120 mg), administrado duas vezes ao dia.
  3. Implantes subcutâneos (pellets): Seis implantes de 100 mg cada.

Cada fase de tratamento durou três meses, com intervalos de “washout” entre os ciclos (4 a 6 semanas). Os pesquisadores avaliaram:

  • Níveis hormonais: testosterona total e livre, SHBG, estradiol, LH e FSH.
  • Indicadores clínicos: fadiga, função sexual, humor e composição corporal.
  • Efeitos adversos: alterações no hematócrito, lipidograma e função hepática.

Resultados

Os resultados revelaram diferenças marcantes nos perfis farmacocinéticos e nas respostas clínicas das três vias de administração:

  • Injeções intramusculares: Apresentaram elevações rápidas e acentuadas nos níveis de testosterona, seguidas por quedas progressivas até a próxima aplicação. Indicadas para alívio rápido dos sintomas, mas associadas a flutuações hormonais.
  • Via oral: Demonstrou absorção variável entre pacientes, com oscilações hormonais ao longo do dia. Apesar da conveniência, requer monitoramento cuidadoso da função hepática.
  • Implantes subcutâneos (pellets): Ofereceram níveis mais estáveis de testosterona, com menor risco de efeitos adversos. Apenas alguns pacientes relataram reações locais ou extrusão do implante.

Conclusões

As três modalidades se mostraram eficazes no tratamento do hipogonadismo, mas apresentaram diferenças significativas:

  1. Estabilidade hormonal: Os implantes subcutâneos mantiveram níveis hormonais mais estáveis e apresentaram menor incidência de efeitos adversos.
  2. Duração do efeito: Com uma dose total de 600 mg, os implantes garantiram níveis terapêuticos por quatro meses. Doses maiores (1.200 mg, utilizando pellets de 200 mg) podem prolongar o efeito para até seis meses.
  3. Personalização do tratamento: A escolha da via deve levar em conta conveniência, tolerância e resposta individual, com acompanhamento médico contínuo.

Esse estudo fornece evidências robustas para a prática clínica, reforçando o uso dos implantes de testosterona como uma opção segura e eficaz para pacientes com hipogonadismo. E nós da SottoPelle Brasil estamos sempre à par de toda informação possível para atualizar nossos médicos certificados para oferecermos cada vez mais bem-estar e equilíbrio aos nossos pacientes.

Artigo escrito pelo Diretor Científico da SottoPelle Brasil, Dr. Francisco Tostes.

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