Lipedema: o que é e qual a relação com os hormônios?

Você já ouviu falar em lipedema? Muitas mulheres vivem anos com o diagnóstico errado de obesidade ou retenção de líquidos, quando na verdade sofrem de uma condição chamada lipedema, uma alteração crônica na distribuição da gordura corporal, que afeta principalmente pernas, quadris e braços. O que poucas pessoas sabem é que essa condição tem uma forte ligação com os hormônios. Neste artigo, vamos explicar o que é o lipedema, quais são os sintomas, por que ele está relacionado ao desequilíbrio hormonal e como a reposição pode ajudar em alguns casos.

O que é o lipedema?

O lipedema é uma doença crônica, progressiva e muitas vezes dolorosa, caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em regiões específicas do corpo, geralmente nas pernas e nos braços. Diferente da obesidade, essa gordura não desaparece com dieta ou exercício físico. Muitas mulheres relatam sensação de peso nas pernas, dor ao toque, hematomas frequentes e desproporção entre a parte superior e inferior do corpo.

Quais são os principais sintomas?

  • Acúmulo simétrico de gordura nos quadris, coxas e pernas (com preservação dos pés)
  • Dor ou sensibilidade ao toque nessas regiões
  • Inchaço que piora ao longo do dia
  • Aparência irregular ou “acolchoada” da pele
  • Tendência a hematomas fáceis
  • Dificuldade para perder gordura localizada com dieta e atividade física

Por que o lipedema está ligado aos hormônios?

O lipedema afeta quase exclusivamente mulheres e costuma surgir ou piorar em momentos de grandes mudanças hormonais, como:

  • Puberdade
  • Gravidez
  • Uso ou suspensão de anticoncepcionais
  • Menopausa

Essas fases mostram que os hormônios sexuais femininos, especialmente o estrogênio e a progesterona, desempenham um papel importante na progressão da doença. Desequilíbrios hormonais podem influenciar a forma como o corpo armazena gordura, além de impactar a circulação e os processos inflamatórios.

A reposição hormonal pode ajudar quem tem lipedema?

Embora a reposição hormonal não trate diretamente o lipedema, ela pode ser uma aliada importante no controle dos sintomas e na estabilização do quadro, especialmente em fases como a menopausa, onde há uma queda acentuada de estrogênio e progesterona. Um equilíbrio hormonal adequado pode:

  • Reduzir inflamações
  • Melhorar a circulação
  • Minimizar a retenção de líquidos
  • Evitar a progressão do acúmulo de gordura

É fundamental que a reposição seja individualizada, considerando o histórico hormonal e o quadro clínico da paciente, com acompanhamento médico contínuo.

Diagnóstico e tratamento: onde buscar ajuda

O diagnóstico de lipedema ainda é subestimado, e muitos pacientes passam anos sem entender o que têm. O ideal é procurar um médico com experiência em doenças vasculares ou em distúrbios hormonais. O tratamento é multidisciplinar e pode incluir:

  • Terapia hormonal personalizada
  • Drenagem linfática
  • Alimentação anti-inflamatória
  • Meias de compressão
  • Exercícios físicos de baixo impacto
  • Procedimentos cirúrgicos em casos avançados

Conclusão

O lipedema é uma condição real, crônica e muitas vezes confundida com obesidade. Ele tem uma relação direta com os hormônios, por isso, o acompanhamento médico e o equilíbrio hormonal são peças-chave no tratamento. Se você apresenta os sintomas descritos e já tentou de tudo sem sucesso, talvez seja hora de investigar mais a fundo e considerar a avaliação hormonal como parte do cuidado com sua saúde.

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